I
Seminário de Infância e Educação Infantil
"Brincar e o cotidiano das
crianças"
Oficinas
11/09/2017
Das
14h30 às 17h30
1. O
Brincar e os bebês no contexto educativo
A partir da Pedagogia- em -
Participação, a oficina propõe a tematização das práticas pedagógicas,
envolvendo o brincar e os bebês no contexto educativo e a reflexão a respeito da
qualidade das oportunidades lúdicas em creche, assim como o papel do educador
diante deste brincar. A seleção, uso e funcionalidade dos materiais; a
organização do tempo, espaço e interações que favoreçam o brincar autônomo e o
olhar investigativo do bebê serão aspectos trabalhados, tendo como referência o
cesto dos tesouros e o jogo heurístico com objetos, conforme definido por Goldschmied
e Jackson (2000).
Andréa Costa Garcia
Psicopedagoga
(PUC- SP), Mestranda na área de Didática, Teorias de Ensino e Práticas
Escolares (FEUSP), membro do CIEI- USP, com experiência docente e de
coordenação pedagógica na educação básica e no ensino superior, atualmente
supervisora escolar da rede municipal de São Paulo e formadora de professores
em projetos de educação continuada.
2.
Montar e desmontar até a Intensidade
A
oficina consiste em um exercício criativo a partir da montagem audiovisual.
Inspirados em imagens captadas dentro do território escolar por alunos do
ensino fundamental I, os participantes se dividirão em dois grupos de cinco
integrantes e realizarão um ensaio audiovisual, captando imagens com suas
próprias câmeras de celular ou digital. Após esta atividade, os participantes
editarão um projeto em grupo.
O
ensaio traz, ao invés da continuidade espaço-temporal e causal de uma
sequencialidade linear e narrativa, uma continuidade discursiva a partir de uma
combinação de materiais para a produção de novos sentidos. Assim, a partir de
palavras soltas, imagens, músicas e ruídos que rodeiam o espaço desta oficina,
o sonoro, o visual e o verbal, presentes em forma de câmeras e ilhas de
montagem, se combinarão trazendo uma experiência com o real, como forma de
expressão artística e experiência do pensamento, permitindo emergir
subjetividades.
Cláudia Semene do Canto
Doutoranda e Mestre em Educação pela Unesp de Rio Claro na
linha de pesquisa: Linguagem, Experiência, Memória e Formação. Graduação em
Jornalismo pela Universidade Metodista de Piracicaba e Especialização em
Roteiro em Áudio e Audiovisual pela PUC de São Paulo. Tem experiência na área
de Cinema e Comunicação, produzindo e editando curtas-metragens e vídeos
institucionais e comerciais. Atuou como professora de Oficina Introdutória de
Cinema junto ao projeto de Difusão Cinematográfica; apoiado pela Prefeitura
Municipal de Rio Claro. É integrante do Grupo de Pesquisa e Prática
Cinematográfica Kino-Olho e do Grupo Imago - Laboratório de Imagem Experiência
e Criação da Unesp de Rio Claro. Foi diretora de produção dos
curtasCommandAction e A Moça que Dançou com o Diabo, selecionados para o
Festival de Cannes 2015 e 2016.
Andréia Regina de Oliveira Camargo
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista -
UNESP e Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.
Doutoranda em educação pela Universidade Estadual Paulista - UNESP, Rio Claro.
Atualmente é Professora EBTT na Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP,
atuando na função de coordenadora pedagógica da Educação Infantil. Pesquisadora
do Grupo de Pesquisa sobre "Infância, Arte, Práticas Educativas e
Psicossociais" GIAPE - UFSCAR/Sorocaba e do grupo de pesquisa "IMAGO:
Laboratório da Imagem, Experiência e Cri@ção" - UNESP/Rio Claro. Membro do
Fórum Regional de Educação Infantil da região de Sorocaba e do Fórum Paulista
de Educação Infantil - FPEI.
3.
O Brincar como linguagem da criança
O brincar é o espaço de investigação
da infância em sua potência máxima, onde a criança experimenta o mundo,
colocando-o dentro dela e devolvendo-o num jogo lúdico de criação, repetição e
recriação da vida. O brincar espontâneo, em movimentos e gestos livres,
organiza o sentir, o pensar e a noção de existir, partindo do concreto para o
abstrato, do sensorial para o emocional. Não é por acaso que este fenômeno, o Brincar,
tem ocupado cada vez com mais força seu espaço dentro da educação infantil,
tornando o tema uma prioridade.
Contemplar
o brincar de uma criança é se aproximar de sua linguagem mais apurada, tateando
a forma que ela absorve e responde às relações do entorno. Para isso é preciso
silêncio, escuta e muita curiosidade. É preciso estar presente e disponível.
Como fazer isso? Como deixar as emoções, os afazeres de fora, lá fora?
Brincando! Desta forma, o adulto vivencia um estado físico e psíquico de
inteireza e cria habilidades para criar um ambiente de aprendizagem,
acolhimento e manutenção da infância, exercitando seu papel de educador.
Beatriz
Fortes
Arte-educadora e especialista em educação, com
enfoque na primeira infância. Graduada em artes cênicas e aprendiz de brincante
das culturas tradicionais, há 10 anos dedica-se à pesquisa de brincadeiras,
cantigas e acalantos, além de investigar materiais, corporeidades, sonoridades
e plasticidades das infâncias. Atua no Espaço de Brincar do Sesc Sorocaba há 4
anos, programando ações para a primeira infância, potencializando, desta forma,
o repertório artístico junto aos
pequenos de 0 a 6 anos.
4. Refletindo
sobre brinquedos e brincadeiras na educação especial
A
oficina tem como objetivo refletir sobre os brinquedos e as brincadeiras na
Educação Especial, discutindo principalmente as "adaptações",
problematizando-as a partir da manipulação de alguns brinquedos considerados
adaptados.A oficina também contará com brincadeiras tradicionais para serem
pensadas no contexto inclusivo.
Claudia Regina Vieira
Possui doutorado em Educação Especial pela FEUSP,
atualmente é professora adjunta de Libras na Universidade Federal do ABC -
UFABC, pesquisadora na área da surdez e educação especial.
5. A
brincadeira, as interações e os objetos
A
oficina tem como objetivo apresentar elementos teórico-práticos que possam
subsidiar a escolha de objetos a serem oferecidos para as crianças brincarem.
Debate sobre como os brinquedos e os objetos não-estruturados atuam na
brincadeira, focalizando os processos de criação e imaginação.
Daniele
Santana Vasconcello
Especialista em Educação Infantil-
UFSCar, Sorocaba; Professora da Educação Infantil da Rede Municipal de
Sorocaba.
Marcilene
Napoleão
Especialista em Educação Infantil-
UFSCar, Sorocaba; Professora de Educação Infantil da Rede Municipal de
Sorocaba.
Suzana
Marcolino
Doutora Em Educação – Unesp-Marília.
6. Brincando com música
A oficina oferecerá o contato com brincadeiras musicais,
serão propostas experiências com jogos, sons, histórias e movimentos, ampliando
o olhar para as potencialidades e possibilidades das crianças pequenas e bem
pequenas, valorizando a infância a partir da música e da brincadeira.
Danúbia
Barros
Pedagoga formada pela
Universidade de Sorocaba (UNISO),educadora musical e especialista em
musicalização infantil pelo (Conservatório Dramático e Musical -
CDMCC de Tatuí ) fez curso de extensão em Arte de contar
histórias pela ( FAQ.) Acumula diversos cursos de formação na área
musical, como: "Baile do Colherim", com "Estevão
Marques,"Batucatudo" com Marcos Viera, "Jogos Musicais" com
UiráAbondanzaKuhlmann,Musicalização para Bebês" com EnnyParejo,
Brincadeiras folclóricas com Lídia Hortélio entre outros .Atua como professora
de Educação Infantil na rede municipal de Sorocaba , ministra oficinas de
"Vivências musicais para educadores".
7. Brincadeiras
de rodas não tradicionais
As
brincadeiras e danças de roda fazem parte da cultura popular de diversos povos.
É comum de serem reproduzidas na Educação Infantil, porém muitas vezes sem que
se conheça suas origens e objetivos. A oficina “brincadeiras de roda não
tradicionais” visa oferecer uma ampliação para o repertório de brincadeiras e
danças infantis com reflexões a respeito das potencialidades e serem
trabalhadas nessa faixa etária.
A roda traz em si algumas
características importantes para a construção de uma cidadania mais horizontal.
As pessoas se entreolham, não se estabelece hierarquia. Quando dão as mãos
estabelecem união, troca de energia pelo contato. No movimento da roda surge
parceria e confiança. E na conversa surge a tomada de consciência das ações e
atitudes que promovem uma melhor convivência coletiva e valores de
socialização.
Lucas
Lannes Machado de Melo
Educador físico, especialista em dança
e consciência corporal, com 8 anos de experiência na educação não-formal e 13
anos trabalhando com jogos cooperativos e danças circulares. Atualmente
cursando Pedagogia.
8. Brincar, infância e gênero
Essa
proposta de oficina visa propiciar um espaço de escuta, partilha e debate sobre
experiências vividas no cotidiano da educação infantil no que se refere ao
brincar, a partir da perspectiva de gênero. Considerando as noções de
feminilidades e masculinidades como construções sociais e culturais, propiciará
aos(às) participantes um exercício reflexivo acerca do papel das instituições
de educação infantil e de seus diversos sujeitos na produção de infâncias a
partir de tais noções. O trabalho partirá de diferentes artefatos culturais, como
vídeos, brinquedos, objetos, livros infanto-juvenis, textos, poesias, dentre
outros.
Mariana Kubilius Monteiro
Doutoranda
em educação pela FE/UNICAMP, pesquisando as relações de gênero na carreira
docente. Mestra em educação física pela FEF/UNICAMP e Pedagoga pela UNESP.
Atuou como professora de educação infantil em Campinas/SP de 2009 a 2015.
9. Brincar e as relações étnico-raciais
Apesar de haver regulamentações obrigatórias para que a
Educação Infantil desenvolva os propósitos da Educação para as relações
étnico-raciais (DCNERER, 2004), sabemos que incluí-la nas práticas pedagógicas
requer um compromisso ético e político intencional que possibilita romper com a
lógica de reprodução do racismo institucional, infelizmente ainda vigente em
nossas escolas [...] (DIAS, 2012, p. 184)
As políticas
públicas de Educação Infantil reconhecem como essencial a abordagem de campos
de experiência (Barbosa e Ritcher, 2015) que favoreçam o desenvolvimento
integral da criança. Desta forma questões como ludicidade, músicas, artes,
oralidade, movimentos e conhecimentos de mundo são componentes pedagógicos
permanentes no trabalho com crianças pequenas. São também aspectos
característicos da tradição cultural que africanizou o Brasil. Isto significa
dizer que nossa concepção de educação infantil dialoga com diversos sentidos de
africanidades em versões tradicionais e contemporâneas.
Essa oficina pretende
recuperar essa discussão a partir de práticas pedagógicas lúdicas e brincantes.
Mariana
Martha de Cerqueira Silva
Pedagoga. Mestre e
Doutoranda em Educação pela UFSCar. Pesquisadora do grupo Educação,
Territorialidades Negras e Saúde/CNPQ. Professora da Faculdade de
Sorocaba/UNIESP.
10. Brincar, cuidar, educar e a formação de
professores da primeira infância
Na educação das crianças pequenas pesa uma sutil
separação entre brincar, cuidar, educar e a divisão entre os diversos
profissionais que atuam no cotidiano escolar, marcados pelo controle
burocrático e diversas formações. Enquanto a Pedagogia da Infância quer
garantir à criança o direito de ser criança, ou seja, o direito à infância e o
direito de brincar, em muitos casos, cuidar é tratado como assistencialismo, no
sentido de alternativas paralelas de inclusão social; e educar também é, muitas
vezes, confundido com a escolarização como sinônimo de transmissão de
conhecimento, na forma da escola tradicional. Emerge uma reflexão crítica se a educação
infantil está a serviço de um vir-a-ser, de antecipação das metas do ensino
fundamental como referência ou se seu foco é a infância e o seu direito de
brincar. Pretende-se nesta oficina refletir as questões, a partir de diferentes
linguagens e de possíveis relatos e experiências.
Roseli
Gonçalves Ribeiro Martins Garcia
Doutora em Educação pela
Universidade de Sorocaba (2014), Mestre em Educação pela Universidade de
Sorocaba (2007). Diretora de Escola de Educação Infantil da Prefeitura
Municipal de Sorocaba. Membro do Fórum de Educação Infantil de Sorocaba e
Região.
11. Composição de lugares: transver as
materialidades na escola da infância
A oficina pretende promover reflexão sobre o papel do/a
professor/a na “composição de lugares” na escola da infância, por meio de
vivências explorando diversas materialidades. Os/as participantes, em contato
com diversos materiais, poderão criar conexões, histórias e propostas,
alargando sua experiência sensível. As composições e as experiências serão
analisadas e discutidas coletivamente.
Sálua
Domingos Guimarães
Orientadora pedagógica da
rede municipal de Campinas, atuando como coordenadora pedagógica no Núcleo de
Formação de Educação Infantil, da Coordenadoria Setorial de Formação. Pedagoga
e mestre em educação.
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